Na edição do Fantástico exibida na noite de ontem (9), Roberta Miranda foi a entrevistada escolhida para o quadro "Show da Vida". Ela relembrou como foi sua trajetória na música sertaneja e os percalços, traumas e obstáculos passados para alcançar seu status atual. Em um dado momento da entrevista, relatou um abuso violento que sofreu ainda na juventude e as consequências inimagináveis dele.
A cantora pontuou que apesar de todos os abusos, sempre se manteve firme em superá-los e a conquistar seu espaço. De acordo com sua biografia, logo aos 14 anos, já sofria embates dentro da própria família devido ao seu pai alcoólatra.
"Tivemos desavença dentro da família, meu pai era alcoólatra e quando não bebia, era o homem que mais amava. E quando bebia, era quem eu mais odiava, ele me batia, jogava pra fora de casa e eu não aguentava mais aquele tipo de humilhação", iniciou ela.
A partir daí, começou a se apresentar em boates para conseguir um teto para morar, iniciando, assim, sua carreira artística. Infelizmente, foi nessa época que Roberta passou pelo momento mais traumático de sua vida:
Eu fui trabalhar na boate como cantora para continuar tendo um lugar, um teto. Foi aonde tinha uma pessoa, que todo mundo conhece lá, mas eu não vou falar o nome e ele se invocou comigo. Ele meteu o revólver na minha cabeça e ele me estuprou", contou. "Quando o meu filho estava com cinco meses e meio, ele me queria outra vez. Aí eu peguei a cadeira, dei uma cadeirada nele, eu tinha um ódio dele tremendo. Foi quando ele deu um chute na minha barriga e matou o meu filho. Isso para mim é um horror", disse, com os olhos marejados.
Assim, Miranda seguiu sua vida focada na música. Com a popularidade crescendo no meio sertanejo, ela se tornou a mulher pioneira no gênero, alcançando e conquistando espaços que outrora eram dominados por homens. Roberta se tornou um ícone e símbolo feminino.