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Ministério do Esporte quer cortar verbas de clubes que não combaterem o racismo

A ação tem como objetivo tornar mais eficiente a luta contra o racismo no esporte.

13/03/2025 às 12h40
Por: Diego Baião - Redação
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Foto: Reprodução/ Conmebol
Foto: Reprodução/ Conmebol

O Ministério do Esporte encaminhou à Casa Civil uma proposta de alteração na Lei Geral do Esporte para condicionar o repasse de recursos federais a clubes, federações e confederações que implementarem medidas efetivas contra o racismo. Pela proposta, entidades que não apresentarem ações concretas de combate à discriminação racial poderão ter os repasses suspensos.

Durante um evento em Vitória, na última quarta-feira (12/3), onde inaugurou novos espaços esportivos, o ministro do Esporte, André Fufuca, explicou a proposta e reforçou a importância de medidas mais rigorosas para enfrentar o racismo no esporte.

O ministro do Esporte, André Fufuca, afirmou em entrevista ao portal A Gazeta que o ministério solicitou à Casa Civil uma mudança na Lei Geral do Esporte para condicionar o repasse de recursos federais a clubes, federações e confederações que adotem ações efetivas contra o racismo. Entidades que não apresentarem medidas práticas para coibir a discriminação podem ter os repasses suspensos.

A proposta veio após o episódio de racismo contra o atacante Luighi, do Palmeiras, durante a partida contra o Cerro Porteño pela Libertadores Sub-20. O Ministério do Esporte já havia cobrado a Conmebol por investigações e destacou que o problema vai além dos torneios internacionais, sendo uma realidade recorrente também no Brasil.

“Essa é uma medida dura, firme, mas necessária no combate ao racismo. O caso do Luighi é revoltante, mas não é isolado. Casos como esse acontecem diariamente, e muitas vezes não vemos ações de quem pode fazer algo”, declarou Fufuca.

Então, pensando nisso, a gente entrou com essa solicitação de mudança porque eu acredito que é um passo importante no combate a uma prática que já deveria ter sido abolida há muito tempo. E infelizmente ainda há pessoas, em pleno ano de 2025, que têm isso como natural”, concluiu. 

Esse pedido será analisado pela Casa Civil, e, caso aprovado, pode representar uma mudança significativa na relação entre financiamento público e políticas antirracistas no esporte brasileiro.

 

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