A atriz Paolla Oliveira se tornou o centro de um novo debate sobre regulamentação das redes sociais após denunciar publicamente um golpe envolvendo o uso indevido de sua imagem. Um perfil falso, criado no Facebook com fotos e dados da atriz, passou a promover conteúdos relacionados a apostas. Mesmo após diversas denúncias, a plataforma manteve o conteúdo no ar, alegando que só poderia removê-lo mediante decisão judicial.
Diante da lentidão do processo e da permanência do perfil ativo, Paolla publicou um vídeo em seu Instagram pedindo regras mais claras e eficazes para atuação das plataformas. “Não é sobre mim, sobre uma foto ou sobre um direito de imagem. É sobre golpe, sobre fake news, sobre perfil falso”, disse. Ela relatou que a pessoa por trás do perfil falso chegou a acionar judicialmente o Facebook para recuperar a conta, obrigando a atriz a ingressar no processo apenas para ter o direito de se defender.
A repercussão foi imediata. Nos comentários da publicação, internautas dividiram opiniões. Parte do público criticou o posicionamento da atriz, acusando-a de apoiar censura e alegando que a proposta de regulamentação seria uma tentativa de controle político. “Regulação é censura e isso não pode e nem deve ser permitido”, comentou um usuário. Outro afirmou: “A esquerda só está favorável a esta medida por intuito político. Já existe o Marco Civil da Internet para tratar desses casos”.
Em contrapartida, muitos seguidores defenderam a fala da atriz e reforçaram a necessidade de responsabilização das plataformas digitais. “Regular as redes não é sobre privação de liberdade! É sobre segurança”, escreveu um perfil. Outro comentou: “Paolla, você é um acontecimento. Sensata, didática e maravilhosa!”. Para esses usuários, a ausência de um mecanismo mais ágil para a remoção de conteúdos nocivos favorece a propagação de golpes, desinformação e ataques à reputação.
Paolla reforçou que a regulamentação não tem como objetivo limitar a liberdade de expressão, mas sim oferecer um caminho mais justo e acessível para que vítimas de crimes virtuais possam ser protegidas com rapidez. “Quando a gente fala de criar regras para a internet, não é de maneira alguma calar alguém. As regras são para garantir um caminho mais rápido, mais justo e acessível para que todo mundo consiga se proteger”, afirmou.
A proposta de responsabilizar as redes sociais por conteúdos prejudiciais sem necessidade de ordem judicial divide opiniões e encontra resistência no Congresso, especialmente entre parlamentares da oposição ao governo. Ainda assim, casos como o de Paolla Oliveira expõem uma lacuna legal que segue afetando milhares de usuários e reacendem a discussão sobre o papel das plataformas na prevenção de crimes virtuais.