No próximo domingo, 2/3/2025, acontecerá a 97ª edição do Oscar, em Los Angeles, e o Brasil nunca esteve tão perto de levar mais de uma estatueta para casa. Isso porque, o filme “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, está indicado a três categorias: melhor filme internacional, melhor atriz (Fernanda Torres) e melhor filme.
No entanto, apesar da torcida férrea de milhões de brasileiros, a safra é boa e outras produções podem roubar o grande momento do cinema brasileiro.
A seguir, uma análise das principais categorias:
ROTEIRO ADAPTADO: Apesar da aclamação de “O reformatório Nickel” (Joslyn Barnes e RaMell Ross), eu apostaria em “Conclave” (Peter Straughan), que, além de já ter ganhado em outras premiações, é também o favorito de muitos críticos especializados. E o meu predileto também.
ROTEIRO ORIGINAL: Já aqui, a briga fica entre “A verdadeira dor” (Jesse Eisenberg), “A substância” (Coralie Fargeat) e “Anora” (Sean Baker). Impossível afirmar quem vai vencer, porém, apesar da minha preferência pela história criada por Eisenberg, mau não seria se o prêmio fosse parar nas mãos de Fargeat.
ATOR COADJUVANTE: Apesar de ótimos indicados, esta categoria parece já ter nome e sobrenome: Kieran Culkin. Sua atuação em “A verdadeira dor” conquistou plateias e diversos reconhecimentos. E sem querer ser “maria vai com as outras”, também fui conquistado.
ATRIZ COADJUVANTE: Aqui também não teremos surpresas. Zoe Saldaña deve levar seu primeiro Oscar, por interpretar uma advogada que ajuda um chefe de cartel mexicano a realizar sua transição de gênero. Apesar de todas as polêmicas envolvendo “Emilia Pérez”, Saldaña não deve ser prejudicada. Entretanto, ficaria feliz se Monica Barbaro, por “Um completo desconhecido”, levasse a estatueta dourada.
ATOR PRINCIPAL: Falei há pouco sobre “Um completo desconhecido”, filme que retrata a ascensão do cantor Bob Dylan, e concretizo minha torcida para Timothée Chalamet, que tem uma atuação excepcional. Apesar de Adrien Brody (“O brutalista”) ter mais chance, a batalha entre os dois só se encerrará no domingo.
ATRIZ PRINCIPAL: Nem é preciso dizer que a torcida verde e amarela tem uma favorita: Fernanda Torres. A atriz conquistou atores, críticos e cinéfilos ao redor do mundo e, segundo importantes publicações, como o “The New York Times”, deve desbancar Demi Moore (“A substância”) e Mikey Madison (“Anora”). Será?
DIRETOR: A ausência de Denis Villeneuve e Edward Berger, diretores de “Duna: parte 2” e “Conclave”, respectivamente, faz de Sean Baker o possível vencedor. E, para mim, é o melhor entre os cinco indicados, já que seu “Anora” reúne todos os elementos que um filme precisa ter.
FILME INTERNACIONAL: Alemanha e Dinamarca estão, novamente, na briga pela estatueta. Até a Letônia apareceu com uma das animações mais elogiadas do ano, “Flow”, mas, assim como na Copa de 1998, a disputa está entre Brasil e França. Nosso país tem tudo para sair coroado com “Ainda estou aqui” e dar uma rasteira merecida em “Emilia Pérez”, que, na minha opinião, ostenta, equivocadamente, 13 indicações.
FILME: Para finalizar, três dos 10 nomeados têm a chance de levar o tão cobiçado prêmio de melhor filme de 2024. “Anora”, “Conclave” e “O brutalista” são as apostas. Qualquer um deles pode ter seu nome proferido no final da noite do próximo domingo. Sem dúvida, este é um dos Oscars mais imprevisíveis e surpreendentes dos últimos anos.
A seguir, para quem interessar, a lista dos indicados a melhor longa do ano, por ordem de minha preferência:
10. “Emilia Pérez”
9. “Wicked”
8. “Duna: parte 2”
7. “Um completo desconhecido”
6. “O reformatório Nickel”
5. “O brutalista”
4. “Ainda estou aqui”
3. “Conclave”
2. “A substância”
1. "Anora"
Bom Oscar!
INSTAGRAM: @colunaflaviomelo